6 de nov. de 2017

Temas contemporâneos da sociologia (3ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

        Assim, a modernidade pode ser entendida como expressão de uma época histórica marcada por um discurso que privilegia as formas de conhecimento científico universais e totalizantes, ou seja, produtoras de interpretações teóricas abrangentes e homogeneizantes que procuram dar conta da história da humanidade como um todo.
        O pós-modernismo, por outro lado, privilegia a diferença, a diversidade, a fragmentação, a indeterminação, e nesse sentido se insurge contra os discursos universalizantes e totalizantes da modernidade. Procura reconhecer as diferentes subjetividades, dando maior visibilidade a questões como gênero, raça, etnia, ambiente, sexo, questões territoriais, entre outras. Veja as fotos a seguir.

30 de out. de 2017

Aumento do Risco Brasil: Valorização e financeirização do Capital (2ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

               Nas últimas décadas, as sociedades capitalistas se estruturaram com base em um processo de financeirização do capital. A valorização do capital baseada na extração de mais-valia e na exploração da força de trabalho (assim pensa a esquerda) foi avolumada por um processo que já se observava desde o final do século XIX e que nas últimas décadas tornou-se economicamente hegemônico: o acúmulo de riquezas desenvolvido por mecanismos e canais financeiros e não apenas por meio das atividades produtivas (na indústria, no comércio e na agricultura).

23 de out. de 2017

1º aula - 4º bimestre 3º ano Ensino Mádio

UMA NOVA VISÃO DO PODER
                Esta unidade começou com uma discussão sobre o poder, um dos conceitos fundamentais da reflexão sobre política. Como outros conceitos das Ciências Sociais (e das ciências em geral), a concepção de poder teve diferentes interpretações ao longo do tempo. Um dos principais autores que ofereceram novas maneiras de estudar o poder foi o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984).
                A grande inovação de Foucault foi mudar o foco dos estudos sobre poder. Na maioria dos trabalhos de Ciência Política, a discussão sobre poder e política se deu em torno do Estado, do governo, dos grupos que pretendem conquistar o governo (como os partidos políticos) ou influenciar suas decisões (como os movimentos sociais), ou das relações entre os Estados (como nos estudos de Relações Internacionais). Foucault propôs outro foco: além dos temas tradicionais, estudar o poder nos hospícios, nas prisões, na maneira pela qual a sociedade regula a sexualidade das pessoas, no modo como o poder e o saber científico se relacionam. Seu trabalho gerou novos temas de pesquisa, que têm sido intensamente explorados.

16 de out. de 2017

A Revolução Informacional (1º aula - 4º bimestre 2º ano)

                O desenvolvimento científico e tecnológico inspirou vários autores desde a Revolução Industrial. Novos sujeitos sociais, modos de produção, novas práticas políticas, novos tipos de sociedade, de organização da produção, de formas de ação política coletiva foram estudados com base no avanço, no progresso ou no desenvolvimento científico e tecnológico. Essas análises foram particularmente influenciadas por uma leitura de Marx sobre a relação entre forças produtivas e relações de produção. Para esse autor, as forças produtivas, isto é, aquilo que se apresenta como elemento da transformação social, são limitadas pelas relações de produção capitalistas. Dessa forma, as relações sociais capitalistas impedem que as forças produtivas (por exemplo, a ciência e a tecnologia) avancem, já que esse avanço não condiz com os interesses sociais do capitalismo.

6 de set. de 2017

Sociologia: 5ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
                Nas últimas décadas ocorreram grandes mudanças na economia mundial, sobretudo a partir da influência da reestruturação produtiva iniciada na década de 1970 nos Estados Unidos e na Europa ocidental (ver capítulo 7). As consequências desse processo de reestruturação produtiva mundial, que teve por base a substituição intensa de trabalho por novas tecnologias produtivas, sobretudo robótica e microeletrônica, foram percebidas no Brasil durante a década de 1990, mas se prolongam até os dias de hoje.
                A incorporação dessa base tecnológica foi impulsionada pelo avanço do neoliberalismo dos governos Fernando Collor (1990 a 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), que promoveram a abertura econômica, a privatização de empresas estatais e a desregulamentação de leis de proteção ao trabalhador. Essas medidas tiveram como consequências centrais o aumento do desemprego formal e, em razão disso, o aumento do trabalho informal, reduções salariais significativas, a precarização do trabalho e o enfraquecimento político da classe trabalhadora.

4 de set. de 2017

Sociologia: 4ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

Subdesenvolvimento e dependência econômica                 
          No Brasil dos anos 1930, o Estado moderno substituiu o Estado oligárquico e a indústria nacional começou a ser desenvolvida. Esse período da história brasileira é central, pois foi em consequência desse momento que a questão do subdesenvolvimento e da dependência econômica do país começou a ser discutida nos anos 1950 e 1960.
         Esse debate, além de ser atual, tem relação direta com o posicionamento do Brasil diante de outras economias do mundo. O lugar do Brasil pode ser pensando com base na divisão internacional do trabalho, isto é, em como foi e ainda é construída a economia nacional, que produtos e ramos da indústria foram desenvolvidos na produção nacional, se são produtos estratégicos ou matérias-primas e como essa produção insere o país na economia mundial.

29 de ago. de 2017

Política de Interesse

                Em nosso Brasil não vejo racionalidade nas dependências do governar e nem ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois fatos que constituem o movimento político das nações.
                A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.
                À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espetáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)

Sociologia: 3ª aula do 3º bimestre - 3º ano do Ensino Médio

Estado e cidadania no Brasil
         Durante o período colonial, a organização política no Brasil era parte do Império Português. Prevalecia uma fragmentação do poder político: os grandes proprietários rurais dominavam suas fazendas e aplicavam a lei conforme seus interesses. Em certas regiões, como Minas Gerais na época da mineração, nos séculos XVII e XVIII, o controle da Coroa portuguesa foi mais direto. Mas, como notou o historiador e cientista político José Murilo de Carvalho (1939-), não havia um poder público no Brasil, isto é, um Estado que garantisse a mesma lei para todos. Alguns indivíduos estavam abaixo da lei (como os escravos), outros acima dela (como os grandes proprietários).
         O período colonial deixou diversas heranças negativas para a construção da cidadania após a Independência, entre as quais se destacam:

21 de ago. de 2017

Sociologia: 2ª aula do 3º bimestre - 1º ano do Ensino Médio

Gênero e parentesco
                O parentesco, tema fundamental para o pensamento antropológico, sofreu transformações ao longo do tempo e hoje é influenciado pela discussão feminista. O parentesco remete a universos da vida privada. Aquilo que entendemos como família é uma forma de parentesco. A vida privada é uma questão central nas reflexões sobre gênero, pois é nesse universo que nascem muitos aspectos da discriminação da mulher. Assim, o parentesco passou a ser analisado também a partir da crítica feminista.

15 de ago. de 2017

Sociologia: 3ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

A ESCRAVIDÃO E A QUESTÃO RACIAL
                A herança escravista e a questão racial, temas abordados por vários sociólogos durante o século XX, permanecem extremamente relevantes no século XXI. Autores como o historiador Fernando Novais (1933-), os sociólogos Octavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso (1931-) e mais recentemente os historiadores Sidney Chalhoub (1957-), Silvia Hunold Lara (1955-), Célia Maria Marinho de Azevedo (1951-), os sociólogos Antonio Sérgio Guimarães (1952-) e Sérgio Costa (1962-), o antropólogo Kabengele Munanga (1942-), entre tantos outros, procuram entender o peso, a influência e a importância desses temas para a sociedade brasileira.

Sociologia: 2ª aula do 3º bimestre - 3º ano do Ensino Médio

As Revoluções
         Segundo o Dicionário de Política de Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, “revolução é a tentativa, acompanhada do uso da violência, de derrubar as autoridades políticas existentes e de as substituir, a fim de efetuar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera socioeconômica”. Nessa definição, uma revolução acontece quando o governo é derrubado violentamente por um grupo que pretende tomar o poder para promover uma transformação social profunda.

14 de ago. de 2017

Sociologia: 3ª aula do 3º bimestre - 3º ano do Ensino Médio.

A ORIGEM DA DEMOCRACIA BRASILEIRA
            No item anterior, traçamos um panorama da história da luta pela cidadania em nosso país. Entretanto, para entender o Brasil de hoje, é importante dar especial atenção ao processo de renascimento da democracia em 1985. Compreender bem a origem da democracia brasileira é fundamental para entender seu funcionamento nos dias atuais.
            Nossa democracia moderna nasceu dos escombros do regime militar que se estabeleceu no Brasil em 1964, após a crise da primeira experiência democrática (1945-1964) do país. O regime militar foi uma ditadura: os ocupantes dos principais cargos do Executivo (presidente da República, governadores) não eram eleitos pelo voto popular e o governo violava direitos civis (prendendo, torturando e matando opositores do regime, censurando os meios de comunicação, etc.) e políticos (cassando deputados da oposição, suspendendo o direito de opositores concorrerem em eleições, etc.). Entretanto, embora o governo mudasse as regras do jogo quando temia perder as eleições, elas continuaram acontecendo para alguns cargos importantes, como deputados e senadores, e a partir de um certo momento a oposição passou a conquistar vitórias significativas. Isso não aconteceu nas outras ditaduras latino-americanas do período, como a argentina ou a chilena. E a principal consequência disso foi que os partidos e os políticos que disputaram eleições durante o regime militar continuaram a ter prestígio no período democrático.

10 de ago. de 2017

Sociologia: 2ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

A geração de 1930
                Na década de 1930, Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda deram forma científica à sociologia brasileira. Amparados, respectivamente, nas obras de Franz Boas, Karl Marx e Max Weber, formalizaram a Sociologia como ciência no Brasil. A importância desses autores foi decisiva quanto aos rumos da Sociologia a partir desse momento. A seguir, vamos examinar os pontos centrais das obras de Sérgio Buarque e Caio Prado Júnior, já que a perspectiva de Gilberto Freyre foi comentada no capítulo 4.
                Como vimos, Sérgio Buarque adota o referencial weberiano para analisar o Brasil do período colonial. Sua inserção no debate se dá pela denúncia dos fundamentos agrários e patriarcais presentes na sociedade brasileira. Mostra-se também contrário às teorias racistas e, aproximando-se de Gilberto Freyre, entende que a mestiçagem teve papel central na construção da identidade nacional. Não obstante, essa aproximação não pode ser percebida com relação à herança rural. Enquanto Gilberto Freyre faz uma interpretação positiva do passado rural, como algo próprio de nossa cultura e que não deveria ser transformado, Sérgio Buarque enfatiza a necessidade da transformação social, da constituição de um conjunto de regras e normas destinadas a superar um passado de favorecimentos pessoais originários das oligarquias rurais.

9 de ago. de 2017

Sociologia: 1ª aula do 3º bimestre - 1º ano do Ensino Médio

Antropologia interpretativa e simbólica
               Antes de tudo é necessário definir o que é uma produção “contemporânea”. O termo admite leituras bem flexíveis e pode remeter a momentos distintos no tempo. De forma geral, não falaremos de uma produção datada no tempo — como a Antropologia que se fez a partir da década de 1970. Embora essa seja uma referência importante, vamos privilegiar aqui certas questões relevantes para o pensamento antropológico que não perderam sua atualidade e têm sido continuamente debatidas, relidas, refeitas. Ou seja, trataremos de textos que, embora não tão recentes, podem ser considerados contemporâneos por sua pertinência.
               Nos capítulos anteriores, em vários momentos levantamos questões relativas à Antropologia contemporânea. No capítulo 2, ao falar de cultura, entramos no debate contemporâneo da autoridade etnográfica e discutimos algumas tendências antropológicas recentes, como o pós-modernismo e o pós-colonialismo. No capítulo 3, a discussão sobre etnicidade e identidade também faz parte da Antropologia contemporânea.

2 de ago. de 2017

Sociologia: 1ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio.

Sociologia brasileira
                Desde sua consolidação, nos anos 1930, até os dias de hoje, a Sociologia feita no Brasil sofreu influência de teses e teorias desenvolvidas em outros países. A sociedade brasileira foi analisada a partir das relações sociais, políticas, econômicas e ideológicas estabelecidas com outras sociedades, em especial com as sociedades capitalistas do mundo ocidental. Em cinco séculos de história, a sociedade brasileira ganhou feições muito particulares, o que exigiu de seus intérpretes a análise das singularidades que lhe conferem uma cultura própria, distinta das demais sociedades capitalistas.
                No primeiro item deste capítulo apresentaremos uma visão panorâmica das interpretações do Brasil do final do século XIX e começo do século XX. No segundo, vamos analisar o conjunto de intérpretes mais significativos do Brasil dos anos 1930 e sua importância no processo de consolidação da sociologia brasileira. No terceiro item passamos ao tema da questão racial, entendido a partir do legado da escravidão. O item quatro será dedicado ao debate em torno das questões do subdesenvolvimento e da dependência econômica. Por fim, no item cinco, faremos uma exposição das teses que resgatam contemporaneamente a questão da desigualdade social, especialmente a precarização do trabalho e o trabalho informal.

Sociologia: 1ª aula do 3º bimestre - 3º ano do Ensino Médio.

Capital social e participação cívica
                 Como vimos no item anterior, se é verdade que as minorias organizadas podem dominar as maiorias, não seria melhor se ninguém se organizasse, se cada cidadão cuidasse apenas de seus próprios problemas? Em alguns casos, é claro que não: conquistas como as do movimento negro e do movimento feminista são inegáveis. Mas, então, não seria o caso de valorizar apenas esses grandes movimentos, que defendem grandes causas, e fora isso, cada um cuidar da sua vida?
                Tudo indica que não. Se isso fosse verdade, os países onde há menos movimentos sociais, onde a população participa menos da vida social, onde cada um cuida apenas dos seus próprios problemas, seriam os mais prósperos e bem organizados. Mas o que acontece é exatamente o contrário.

19 de jul. de 2017

Brazil Economic Report May 2017

         A dívida pública líquida do Brasil teve um aumento médio de 1,25% ao mês, nos primeiros cinco meses de 2017. O aumento foi de 182 bilhões e 226 milhões de reais de janeiro até maio, com a dívida líquida ficando em 3 trilhões, 75 bilhões e 139 milhões de reais (48,1% do PIB) no mês 05/2017.  
                A dívida bruta do governo geral do País teve aumento de médio 1,17% ao mês, nos 5 primeiros meses do ano e passou a somar 4.633,517 bilhões de reais (72,5% do PIB). A dívida externa é de 224,861 bilhões (3,5% do PIB). Já a interna soma 4.408,656 bilhões de reais (69% do PIB). Em valores reais a dívida bruta aumentou 255,031 bilhões de reais, com uma diferença de 72,8 bilhões para mais que a dívida líquida.  
          O PIB do País ficou em 6.387,437 bilhões de Reais e tem previsão de crescer 0,34% em 2017. As reservas em moeda internacional somavam 379,224 bilhões de dólares em 17/07/2017. A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 3% (IPCA) e a meta do Governo para 2017 é de 4,50±1,5 p.p. A taxa básica de juros é de 9,25% ao ano e a remuneração em caderneta de poupança ficou em 0,589% ao mês.

29 de jun. de 2017

Sociologia: 5ª aula do 2º bimestre - 2º ano do Ensino Médio.

As classes sociais em Marx: contradição e dialética
                Como vimos, Karl Marx (ver Perfil no capítulo 6) parte da relação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção para caracterizar a formação das classes sociais e da sociedade capitalista. Para ele, essa divisão social é a primeira forma de divisão do trabalho: a divisão entre aqueles que produzem (os trabalhadores) e aqueles que se apropriam privadamente da produção (os proprietários).
               Segundo Marx, a dinâmica social capitalista está centrada na propriedade privada. Com base nela se constituem as classes sociais e todas as relações de troca. De um lado, estão aqueles que precisam vender sua força de trabalho, pois não têm as condições materiais para produzir sua subsistência. De outro, aqueles que compram a força de trabalho, na medida em que se apropriaram dos meios de produção, convertendo-os em sua propriedade privada. Para estruturar esse raciocínio, Marx pressupõe que a realidade das sociedades divididas em classes é contraditória e que, para analisar essa realidade contraditória, é necessário um método dialético.

21 de jun. de 2017

Sociologia: 5ª aula do 2º bimestre - 3º ano do Ensino Médio.

Problemas da ação coletiva
               Lendo o item anterior, pode parecer fácil organizar um movimento social. Por exemplo, é óbvio que as mulheres são tratadas injustamente em diversas situações e têm interesses comuns. Logo, poderíamos concluir, é natural que elas se organizem para lutar por seus direitos. O mesmo pode ser dito sobre os trabalhadores pobres, os negros, os indígenas e tantos outros grupos discriminados.

19 de jun. de 2017

Sociologia: 4ª aula do 2º bimestre - 2º ano do Ensino Médio.

 A estratificação social em Weber: classe, estamento e partido
            Para Weber (ver Perfil no capítulo 6), a vida em sociedade é caracterizada por situações assimétricas que estabelecem certos tipos de conflito social. As relações sociais contêm quantidades distintas de prestígio social, econômico e político que são distribuídas pela sociedade. Assim, as relações de desigualdade são sempre relações de pode.
        As ordens política, social e econômica são distintas, mas não completamente independentes umas das outras. Entretanto, cada uma delas exige um aparelho conceitual específico para ser analisada. É no indivíduo e em sua ação que se realiza a fusão dessas ordens. Segundo Weber, cada esfera da atividade social se constitui por relações de poder distintas, que podem ou não ser vinculadas entre si. Por isso, Weber estabelece conceitos diferentes para se referir a cada uma dessas situações.

6 de jun. de 2017

Sociologia: 4ª aula do 2º bimestre - 3º ano do Ensino Médio. (Os movimentos sociais)

                É durante a luta pela cidadania que se formam os cidadãos. Os movimentos sociais foram — e são — fundamentais na tarefa de exigir do Estado o reconhecimento dos direitos que compõem a cidadania e para que os próprios cidadãos discutam entre si quais devem ser esses direitos.
                Chamamos de movimento social um grupo de pessoas que atua conjuntamente para transformar algum aspecto da sociedade. Os movimentos sociais são diferentes dos partidos políticos porque não procuram, necessariamente, conquistar o controle do Estado. Em outras épocas, os movimentos sociais atuaram de modo diferente. No dizer do sociólogo norte-americano Charles Tilly, em cada época os movimentos sociais têm um “repertório”, um conjunto de práticas utilizadas para reivindicar. No mundo contemporâneo, esse repertório inclui, entre outros recursos, campanhas na internet, protestos, passeatas e outras formas de atuação política independente da disputa pelo Estado.

5 de jun. de 2017

Como dizem os intelectuais defensores da causa no Brasil.

          É sabido como se sabe que os escândalos já não escandalizam ninguém e que os jornais publiquem escândalos, para que as pessoas, que realizam escândalos, se vejam corroboradas e desculpadas. O golpista torpe gosta que se contem casos de grandes golpes de afortunados larápios para justificar entre os filhos a sua vida viciosa. Os petistas e tucanos de vida viciosa citam os vícios de ambos e de todos os povos numa acentuada manifestação de “cultura histórica”, e têm na ponta da língua longas descrições de fatos históricos. O lar que está às portas de desfazer-se, encontra, nos exemplos dos lares que se desfazem um apoio: “este não é o primeiro...”
Rebelião das Massas

Pacto Social: tomamos por agente político aquilo que na verdade é ciência política


Um grupo de pessoas tendo em vista conseguir a paz, e através disso sua própria conservação, criaram um homem artificial, ao qual chamamos Estado, assim também criaram um espaço artificial para a liberdade, delimitado pelas leis civis, as quais eles mesmos, mediante pactos mútuos, são forçados a respeitar. 
O Pacto tem uma ligação, feita por uma espécie de corda sonora, da boca de uns ao ouvido de outros. Aonde o número de sábio é relevante a boca da população está presa em umas das pontas dessa corda e na outra os ouvidos dos membros da assembleia. Quando esse número de sábios não é relevante a coisa se inverte, temos a boca dos membros da assembleia em uma das pontas e o ouvido da população na outra.

Sociologia: 3ª aula do 2º bimestre - 2º ano do Ensino Médio.

 Classe e estratificação social  
      O valor dos salários, o tipo de trabalho, os posicionamentos políticos e ideológicos, o fato de sermos ou não proprietários dos meios para produzir nossa subsistência, ou mesmo se vamos ao cinema ou lemos livros com frequência, se gostamos de ópera ou quantos televisores temos em casa, se nossa casa é própria ou alugada, todas essas questões, assim como muitas outras, podem ser utilizadas como referência para definir a que classe, estrato ou grupo social pertencemos.
         Quando vemos na tevê que o governo criou uma política de assistência social, quando ouvimos dizer que a renda de determinados indivíduos subiu ou lemos no jornal que a classe média aumentou em escala nacional nos últimos anos, estamos, mesmo sem perceber, nos informando sobre questões relacionadas à teoria das classes e à teoria da estratificação social.

30 de mai. de 2017

Sociologia: 3ª aula do 2º bimestre - 3º ano do Ensino Médio.

A luta pela Cidadania
                Cidadania é a condição de ser reconhecido como membro de um grupo político (por exemplo, um Estado) e de ter os direitos e deveres resultantes dessa condição. Na definição da filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975), cidadania é “o direito de ter direitos”. Quando disse isso, Arendt pensava nas pessoas que foram expulsas de seus países durante a Segunda Guerra Mundial e, por isso, deixaram de ser reconhecidas como cidadãs de qualquer país: quem, nessa situação, poderia garantir os direitos dessas pessoas?
         Pense no que significa ser cidadão de um país (por exemplo, o Brasil). Significa ser, antes de tudo, reconhecido pelos brasileiros como cidadão, tanto quanto eles, e reconhecê-los como cidadãos, tanto quanto você. Se uma pessoa rica ou poderosa acha, por exemplo, que a lei não se aplica a ela, mas apenas aos mais pobres, essa pessoa está desrespeitando os princípios da cidadania.

26 de mai. de 2017

Democracia dos notáveis: Zé do Burro diz que democracia boa é a das federais.

        De acordo com o parágrafo único do artigo 56 da LDB (Lei nº 9394 de 1996): em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.
        Na prática só os professores podem escolher os gestores das universidades federais, técnicos educacionais e alunos não interferem nas eleições. É a democracia dos notáveis e o sonho de Zé do Burro, já que seja qual for o resultado, 70% do peso do voto seria, segundo o adjunto multipartidário, dos assessores políticos do PQP.
         Burro disse que a rale ficaria com 30% restante do peso do voto e justificou dizendo que as universidades estão dando um show de democracia, são elas que pensam o Brasil.
Chico de Oliveira 

Zé do Burro diz que sem os 'donos do PIB' lascou.

          O assessor da base aliada percebeu que o governo sem o único pilar de sustentação (os donos do PIB) pode sofrer um golpe.  
         Visivelmente nervoso, Zé do Burro tenta colocar o presidente goela abaixo dos donos do PIB. Diz ele: Temer é um presidente extremamente popular, que foi a primeira alternativa do "PT", do Lula e da Dilma.
         Só porque foi gravado por um empresário corrupto e traidor vocês não podem tirar nossa base de apoio, pois isso sempre foi assim (dinheiro para comprar apoio político). Eu e o Michelzinho merecemos mamar.   
         Nós não somos apegados aos cargos para manter foro privilegiado, estamos aqui pelo bem dos 14 milhões de desempregados, disse o adjunto multipartidário Zé do Burro.  
Chico de Oliveira

25 de mai. de 2017

Sociologia: 2ª aula do 2º bimestre - 3º ano do Ensino Médio.

O Brasil e a Globalização

                A globalização apresenta para o Brasil desafios bastante difíceis. Com base nas aulas anteriores, podemos destacar três tipos principais de desafios:
       1. O Brasil, como os outros países democráticos, precisa lidar com a realidade de que seu governo tem menos controle sobre a economia do que já teve. O país tem, ainda, as dificuldades adicionais características de países de desenvolvimento médio, analisadas pelo pesquisador norte-americano Geoffrey Garrett (1958-). Os países mais pobres do mundo podem lucrar com a globalização oferecendo mão de obra barata, como fizeram China e Índia. Já os países mais ricos, como os Estados Unidos ou a Alemanha, podem aproveitar seu potencial de criação de tecnologia, sua população com grande qualificação educacional e suas instituições sólidas (um sistema legal ágil e transparente, baixa corrupção, leis que incentivam a atividade econômica, boas políticas sociais). Ora, o Brasil tem salários mais altos do que os da China e capacitação tecnológica e educacional menor do que a da Alemanha. Sendo assim, como podemos nos adaptar à globalização?

24 de mai. de 2017

Senhores professores da Seduc MT

            Sinto que o Site Olhar Direto falta sistematicamente com a verdade, intencionalmente, prejudicando os professores da rede estadual de MT. Tal site diz em sua página que a decisão do sindicato dos profissionais da educação é ilegal, mas não esclarece os motivos que levaram a tal decisão.
            Vai aqui o que diz o Site Olhar Direto:
            A Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) entrará com uma ação na Justiça Estadual contra o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep), para evitar que os alunos da rede estadual de Mato Grosso percam o ano letivo e tenham o ensino prejudicado em razão de uma deliberação ilegal do sindicato.
            A tal deliberação ilegal do sindicato foi dizer que o professor não trabalhasse 24 horas aulas na semana, pois o concurso é de 30 horas semanais e a Lei Federal nº 11738 de 16/07/2008 estabelece no máximo 2/3 de horas aulas, logo será 20 horas em sala semanalmente. No entanto, o Governo do Pedro Taques disse que os professores têm que trabalhar 24 horas semanais, sendo 4 horas no sábado.
            A questão é racional, aumentando o número de horas trabalhadas aumenta-se os salários proporcionalmente e para cada quatro horas trabalhadas em sala os professores deveriam receber o equivalente a 6 horas semanais.
            No entanto, o Olhar Direto acha que o aumento de horas trabalhadas sem aumento de salário é legal e ilegal é a recusa da diferença para mais do trabalho pelos profissionais da educação.  
            Estou estarrecido com o posicionamento de tal site em esconder a verdade, mas nós, profissionais da educação, deveríamos esclarecer os fatos. A sociedade merece a verdade escondida por essa corja que vive se financiando com o dinheiro do Estado.  
Chico de Oliveira 

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