----O próprio processo que deu origem a Chikó é o que explica porque ele é assim. Entender a metamorfose de um corta-cana analfabeto para o posto de incômodo dos donos da Cena, é entender o porquê dessa aberração do modelo não ter medo de voltar para a rocha.
----Chikó é o produto final de literaturas que não se indicam para o povo. A Revista Veja vem a décadas noticiando que é imoral o loteamento dos cargos públicos e os pensamentos de seus autores fizeram com que Chikó descobrisse que a fome no Sertão Alagoano é fruto de agentes governamentais descarados e corruptos.
----Agora Chikó percebe que os autores de Veja não poderiam ter abertos os olhos dele, porque isso seria mais cômodo para os Donos do Poder. Percebe-se, também, que qualquer mudança revertendo à tendência “não se encaixa com os interesses dos padrinhos dos indicados no Governo” e, portanto prejudicial, tem que ser removido do quadro de servidores do Estado.
----É lamentável que certos membros da educação, que na grande parte são cabos eleitorais de políticos semi-alfabetizados e, muitos deles com diplomas de graduação, desconheçam o inciso VIII do artigo 3º da Lei Complementar nº 154, que prescreve – garantir ampla liberdade de organização no local de trabalho, de expressão de suas opiniões, de idéias e de convicções político-ideológicas – logo, temos todo o direito de divulga nosso pensamentos, mesmo que esses não estejam de acordo como os dos poderosos da SECITEC/MT.
----Vivemos em um país que, segundo o MEC, 60% dos diretores de escolas públicas são cabos eleitorais de políticos, que não estão comprometidos com o bem coletivo (Iochepe, Veja 18/02/2009 p.112), pessoas que não respeitam o direito que temos de falar que em nessas escolas o mérito não é a questão, mas sim o apadrinhamento. Chikó é culpado até que se prove o contrário, cadeia nele.
Chico de Oliveira
Sinop/MT