----Os servidores da Escola Técnica Estadual de Rondonópolis, ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec), realizarão na próxima quarta-feira (28), às 09h00, em frente a unidade escolar, uma mobilização em prol da implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a categoria dos Profissionais da Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso e também pela realização do Concurso Público.
----Duas faixas serão colocadas pelos servidores em frente a unidade escolar. Nelas os servidores informam para a sociedade que o salário dos técnicos das Escolas Técnicas é o menor do estado. Enquanto os demais Técnicos de Nível Superior do Estado percebem como subsídio o valor de aproximadamente R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais), o Técnico das Escolas Técnicas Estaduais com Nível Superior tem a remuneração de R$ 1.399,16 (mil, trezentos e noventa e nove reais e dezesseis centavos). Por outro lado, enquanto os professores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat, que pertence também a Secitec) percebem R$ 2.073,07 (dois mil, setenta e três reais e sete centavos) por 30 horas ou ainda, R$ 3.386,02 (três mil, trezentos e oitenta e seis reais e dois centavos) por dedicação exclusiva, os professores das Escolas Técnicas Estaduais (Nível Graduação), que também tem a prerrogativa de trabalhar com a Educação de Nível Superior (em cursos superiores de tecnologia), percebem R$ 2.032,81 (dois mil, trinta e dois reais e oitenta e um centavos) por 40 horas.
----Além disso, os servidores cobram a realização do Concurso Público para o preenchimento de vagas para técnicos e professores nas Escolas Estaduais. No último concurso realizado pelo Governo, a Secitec foi uma das poucas secretarias não contempladas com a realização do mesmo. Os servidores afirmam que quem trabalha nas Escolas Técnicas e quem é aluno das mesmas, sabem que faltam profissionais nas unidades escolares. Haja vista que muitas turmas ficam sem aulas por falta de professor. O único concurso foi realizado em 2004, mas nem todos os que passaram assumiram sua vaga por causa dos baixos salários. E muitos dos que assumiram evadiram para outras instituições públicas ou privadas para serem melhores remunerados e valorizados profissionalmente.
----Os servidores informam também que desde janeiro de 2008 tentam negociar com o Governo do Estado um novo PCCS, mas nunca tiveram resposta sobre as reivindicações feitas. Por duas vezes o então secretário da Secitec, Chico Daltro, se reuniu com os servidores e fez promessa de implantar um novo PCCS. De acordo com os servidores, as promessas do secretário não foram cumpridas.
Julianne Caju