Uma
justificativa em que eu me comprometa a não me defender do descaso com a coisa
pública com a afirmação de não gostar de política é sempre irracional. Porque
ninguém pode transferir ou renunciar a seu direito de fazer parte das decisões
que interferem na qualidade de vida em seu país. Os ferimentos ou miséria são
gerados pela renúncia ao direito político, portanto, a ideia do não envolvimento
político representa uma loucura e é incompatível com países civilizados.
A
transferência de direitos em qualquer circunstância deve ser um mal menor que a
não transferência e quando abrimos mão de direitos políticos o mal é sempre
maior. Isso é incompatível com qualquer
pacto, embora se possa fazer pactos nesses termos, o homem escolhe por natureza
o mal menor, que é a possibilidade de decidir o que fazer em sua sociedade.
Um pacto no sentido de alguém permitir que outros roubem a si mesmo é igualmente inválido. Pois na condição de natureza, em que todo homem é juiz, não há lugar para tal prática sem mobilização, e no estado civil o roubo é seguido pelo castigo; sendo assim, ninguém é obrigado a não resistir ao assalto aos bens que pertencem a todos. O mesmo é igualmente verdadeiro no caso daqueles que por seus procedimentos impróprios, nas dependências do Estado, causa miséria e dor.
Um pacto no sentido de alguém permitir que outros roubem a si mesmo é igualmente inválido. Pois na condição de natureza, em que todo homem é juiz, não há lugar para tal prática sem mobilização, e no estado civil o roubo é seguido pelo castigo; sendo assim, ninguém é obrigado a não resistir ao assalto aos bens que pertencem a todos. O mesmo é igualmente verdadeiro no caso daqueles que por seus procedimentos impróprios, nas dependências do Estado, causa miséria e dor.
E
isto, é reconhecido como verdadeiro por todas as pessoas minimamente racionais,
na medida em que se angustiam com os desmandos e corrupção na coisa pública. No
entanto, existem os tolos, sem cabeças para a política, que não desejam
participar do pensamento público.
Chico de Oliveira