25 de set. de 2015

A pregação do falsário

A ignorância da caneta, em dependência escolar, está servindo de desculpa para muitos, infringem-se a boa-fé sem medo da pena, pois os falsários têm o direito, prescrito na constituição, para dizer qualquer bobagem.
As palavras vãs não estão submetidas à pena, mesmo que mutile a mentalidade de jovens, porque praticam voluntariamente uma ação que induz muitos a viverem a margem de decisões que deveriam ter alcance coletivo, mas são realizadas por vontades particulares. Ora, a punição é uma consequência conhecida por membros mais esclarecidos da sociedade, em qualquer Estado, e se essa punição já estiver determinada pela natureza social é a ela que se está submetido e não uma punição arbitrária. Pois manda a razão que quem comete injúria na administração da própria vida, ou na coisa pública, sem outra limitação a não ser a de sua própria vontade, sofra punição equivalente ao descaso.
        A desconstrução do pensamento político de nossos jovens não tem uma pena associada ao “crime” na própria lei, o delinquente político, com licença para ensinar ou para ser pai, fica desculpado de uma pena. Pois o mal é previamente conhecido, e não é suficientemente grande para prescrever punições e dissuadir da ação, ele constitui um convite a esta ação. Pois esse não tem capacidade de comparar o benefício tirado de sua injustiça, com o prejuízo decorrente dela, só é capaz de ver até o limite do umbigo.
Nenhum benefício ou prejuízo pode vir antes da ação causadora, pois isso é contrário a lei natural das coisas, a ação existe ante dos efeitos e um efeito positivo não pode ser conhecido antes de ser feito. Mas as pessoas mais sábias preveem que alguns atos estão sujeitos às penas estabelecidas pela ordem natural das coisas e por razões imediatamente antes apresentadas.  
Por defeito de raciocínio (quer dizer, por erro) as pessoas são capazes de violar a razão de algumas maneiras. Em primeiro lugar, por presunção de falsos princípios. Por exemplo, quando depois de observar que em todos os lugares e em todas as épocas foram reproduzidas ações injustas, pela força da cultura; e também que quando os poderosos conseguem enganar as pessoas de seu país são só os mais fracos que são prejudicados; observado isso, passam a basear seu raciocínio no seguinte fundamento: que a Política não passa de uma palavra vã, quando tal princípio é aceito a corrupção é prática comum, o honesto passar a ser perseguido e a riqueza produzida em tua terra passará a ser concentrada na mão de poucos, e você não estará no meio desses poucos, mas incluído na maioria.
Chico de Oliveira

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