13 de set. de 2015

Desigualdade social

A condição de simples natureza não classifica as pessoas como melhor ou pior, mas como iguais. A desigualdade atualmente existente foi introduzida por classificações culturais. Não existem, por natureza, pessoas com mais capacidade que outras para mandar (sábios) e, tão pouco, para servir. Dominantes e dominados são classes sociais criadas com o consentimento de todos e não pela diferença de inteligência, o que seria contrário à razão e, também contrário à experiência.
         Nos tempos atuais as pessoas são tão insensatas que preferem delegar a tarefa de pensar a outros do que pensarem por si mesmas. Isso leva a divulgação de pensamentos relacionados e compatíveis com os interesses da classe dominante.
        Não falta inteligência, mas vontade e esforço para encontramos o caminho da sabedoria, sem esse encontro jamais alcançaremos a igualdade social. Portanto, se a natureza faz todos os homens iguais (com raríssimas exceções) essa igualdade não pode ser preservada com a desigualdade de pensamentos atuais. Os dominantes percebem os caminhos do sucesso com mais facilidade que os dominados e, geralmente, o número de tolos é muito maior que de sábios em uma sociedade.      
         Agora chegamos ao impasse; não temos cabeças suficientes para promover a igualdade e as que temos, os tolos não querem colocá-las sobre os ombros. Mas elegem representantes despreparados ou corruptos para perpetuarem a miséria da maioria. 
------Neste caso decisões políticas são atribuídas a alguém que exige para si aquilo que não podemos distribuir para todos, estão agindo contrariamente à lei precedente, que ordena o reconhecimento da igualdade das pessoas, e contrariamente também, portanto, à lei de natureza. Os violadores dessa lei têm o desejo insaciável de ter posse do que por direito pertence aos outros. Assim nasce a desigualdade social. 
 Chico de Oliveira  (Fundamentado na Lei de Natureza de Thomas Hobbes)

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