Segundo ele, não foi o movimento que mudou. Foi a luta pela terra. Nos anos 70 e 80, uma parcela da burguesia nos apoiava porque apostava em um modelo de desenvolvimento industrial que precisava de mercado interno para vender os seus produtos. Cita como prova o apoio ao plano de reforma agrária de Sarney [José Sarney, presidente do Brasil entre 1985 a 1990], que pretendia assentar 1,4 milhão de famílias. Isso mudou com a implantação do modelo neoliberal que consolidou o agronegócio, que depende do capital financeiro e das empresas transnacionais.
Os interesses da classe dominante mudou e com isso mudou também as ideias dominantes na nosso sociedade. Não interessa mais a ninguém a reforma agraria, já que as agroindústrias financiam as culturas agricultas.
Fonte: Folha de São Paulo