O Ministério Público pediu à Justiça a anulação do ato que nomeou o ex-deputado Humberto Bosaipo como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Diante das denúncias que responde por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, quer ainda que ele devolva ao erário quase R$ 1 milhão, o que equivale a todo o salário que recebeu desde que tomou posse em dezembro de 2007.
Ex-deputado ladrão responde, por pelo menos, a sete ações no Supremo Tribunal de Justiça e ainda tem caráter para ser conselheiro do TCE/MT.
O Ministério Público em conjunto pelos promotores de Justiça que atuam no setor de defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, foram os responsáveis pelo pedido. Eles também pediram a suspensão imediata do salário de R$ 22 mil que Bosaipo recebe mensalmente mesmo estando afastado das funções por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde responde pelos crimes cometidos.
Bosaipo está afastado do cargo de conselheiro desde 16 de março sob argumento de que poderia atrapalhar as investigações. Ele é acusado de participar de um esquema que desviava recursos da Assembleia Legislativa e movimentava-os por meio de uma factoring de propriedade do "Comendador" João Arcanjo Ribeiro.
O Ministério Público Estadual tenta anular tanto a decisão da Assembleia Legislativa que o indicou para o cargo de conselheiro, como o ato do então governador Blairo Maggi (PR), que mesmo sabendo da ligação de Bosaipo com o crime organizado no Estado, o nomeou conselheiro do TCE, assim como o compromisso que ele firmou ao assumir a vaga.