27 de out. de 2015

A teoria e a prática do modelo político


Por que o saber científico até agora não é usado para diminuir a corrupção e aliviar o sofrimento humano em nosso País?
Tal não é também de modo algum a finalidade da maquinaria utilizada na política que se traduz em poder. Igual a qualquer outro desenvolvimento da força política, ela se destina a privilegiar aqueles que sabem e se utilizam dessas vantagens para melhorar a vida de poucos politizados. Melhora-se as condições gerais de um país sem melhorar, proporcionalmente a vida da maioria que vive à margem da política.
O revolucionamento do modo de governar toma, na democracia, como ponto de partida a sabedoria; nos países sérios, a honestidade é perseguida. É preciso, portanto, examinar primeiro mediante o que o meio oferece como ferramenta para sustentação ou mudar do modelo. Aqui devemos olhar os traços característicos e genéricos que desencadeiam a formação do modelo política atual do País.
Sociólogos e filósofos explicam o modelo como uma ferramenta que pode produzir igualdade ou desigualdade, riqueza ou pobreza, dependendo das características gerais do povo em questão. Não veem aí nenhuma interferência de outros povos, mas a enganação de meios de comunicação de massa do próprio País e um sistema educacional que não sabe, ou não quer, defender os interesses da vontade geral.
De fato, o modelo político constitui-se da soma de vontade simples, que se combinam para formar uma vontade complexa. Do ponto de vista social, no entanto, a explicação não vale nada, pois a vontade dominante é relativa ao tipo de formação política da sociedade. Por outro lado, procura-se a diferença entre vontade simples e complexa no fato de que na simples é vontade particular de cada pessoa e a complexa é a soma das vontades coletiva, mas um povo ignorante não tem competência para expressar uma vontade que seja coletiva.  
O saber científico já percebeu os motivos dos desencontros da teoria com a prática democrática, que em certos países é um arado tocado na direção de interesses diferentes do coletivo. Interesses que pertencem as mais altas classes sociais do País e contrários às classes menos favorecidas, sendo priorizados pelos congressistas eleitos com o voto do povo. O saber a anos percebeu que o povo elege representantes que não o representam, esses representam as elites financiadoras das campanhas. Que motivos eles têm para nos representarem?
Nos orgulhamos de ser despolitizados e usamos a democracia apenas para votar nos representantes do poder econômico, somos ferramentas de um modelo usado em benefício do poder do dinheiro. Quem inventou o modelo democrático e, com ele, a possibilidade de mudança, em momento algum disse que o uso do saber científico seria indispensável para esse modelo de governo.  
Chico de Oliveira

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