Uma das finalidades da educação no Brasil é o pleno
desenvolvimento do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, que
obriga a formação de seres minimamente politizados. A cidadania é a prática
dos direitos e deveres de um indivíduo em um estado. Os direitos e deveres
de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão
implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão (LDB).
Conversando com pessoas conhecidas logo surgem a
figura do cidadão apolítico, comum em nossa sociedade, de individualismo, egoísmo,
que abastece uma crescente corrupção no meio social e político, é difícil de
compreender o pensamento de uma pessoa que deveria ser cidadão e se auto
intitula “apolítico”. Como podemos passar 12 anos em um sistema educacional que
prever a formação para cidadania, isso só na educação básica, e fazer essa pífia
intitulação?
No início cometia-se o crime induzido por uma
paixão súbita, mas, agora depois de anos de estudo e da chegado do pensamento organizado,
qual é o motivo? Passaram a provocar o mesmo embasados em uma longa meditação,
é o pensamento que eles dizem ser racional a serviço da corrupção. Pratica-se o
malfeito com premeditação, usa-se de circunspecção, e sabe-se das
possibilidades do castigo, como também das consequências do crime para a
sociedade. E ao saber de tudo isso desprezam-se as possibilidades de justiça,
preferindo sua própria ignorância.
Refletindo acerca do conceito mencionado nasce um
questionamento: é possível algum ser humano intitular-se “apolítico”? Para o
filósofo Rousseau sim. Esse clássico cita que os loucos, os tolos, os
náufragos, ou um Deus podem viver a margem da política, ou seja serem apolíticos.
Analisando
os fatos, envolvendo o governo atual, sobre a falta da busca do bem comum na
organização social, entende-se o porquê do conceito grego de que o governante
deve ser aquele que tem um intelecto superior, uma valoração moral e ética
inquestionável e que deveria ser aquele que, por conta desses requisitos,
lutaria com todas as forças pelo bem comum da sociedade.
Falta agora saber em que perfil você se enquadra, no dos loucos, dos
tolos, dos náufragos, ou você é um Deus? E quem vai indicar esse governante com
intelecto superior?
Zé do Povo