6 de out. de 2015

São muitos os infectados pela “cegueira verbal congênita”


Uma das finalidades da educação no Brasil é o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, que obriga a formação de seres minimamente politizados. A cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão (LDB).
Conversando com pessoas conhecidas logo surgem a figura do cidadão apolítico, comum em nossa sociedade, de individualismo, egoísmo, que abastece uma crescente corrupção no meio social e político, é difícil de compreender o pensamento de uma pessoa que deveria ser cidadão e se auto intitula “apolítico”. Como podemos passar 12 anos em um sistema educacional que prever a formação para cidadania, isso só na educação básica, e fazer essa pífia intitulação?
        No início cometia-se o crime induzido por uma paixão súbita, mas, agora depois de anos de estudo e da chegado do pensamento organizado, qual é o motivo? Passaram a provocar o mesmo embasados em uma longa meditação, é o pensamento que eles dizem ser racional a serviço da corrupção. Pratica-se o malfeito com premeditação, usa-se de circunspecção, e sabe-se das possibilidades do castigo, como também das consequências do crime para a sociedade. E ao saber de tudo isso desprezam-se as possibilidades de justiça, preferindo sua própria ignorância.
Refletindo acerca do conceito mencionado nasce um questionamento: é possível algum ser humano intitular-se “apolítico”? Para o filósofo Rousseau sim. Esse clássico cita que os loucos, os tolos, os náufragos, ou um Deus podem viver a margem da política, ou seja serem apolíticos.   
 Analisando os fatos, envolvendo o governo atual, sobre a falta da busca do bem comum na organização social, entende-se o porquê do conceito grego de que o governante deve ser aquele que tem um intelecto superior, uma valoração moral e ética inquestionável e que deveria ser aquele que, por conta desses requisitos, lutaria com todas as forças pelo bem comum da sociedade. 
Falta agora saber em que perfil você se enquadra, no dos loucos, dos tolos, dos náufragos, ou você é um Deus? E quem vai indicar esse governante com intelecto superior?
Zé do Povo

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