Um
rápido esboço do sistema político e dos eleitores, tomados em separado, mostra
que até a nossa época esses eleitores nada mais são do que acessórios da vida
política. Como regra, o eleitor é fruto de um sistema social e, qualquer que
for o princípio de comportamento predominante na sociedade, a presença do
padrão eleitoral sempre é compatível com esse sistema.
O
objetivo da formação de uma opinião geral é ocultado ao padrão médio da
sociedade e não revelava qualquer tendência de mostra-se ao total dos agentes
do sistema. Mesmo quando o social se desenvolve muito, como ocorreu nos países
desenvolvidos, eles tiveram que lutar sob o controle de interesses que não se encaixam
no do cidadão padrão médio, tanto no ambiente doméstico (município) como em
relação à vida nacional.
De
fato, as regulamentações sociais favorecem a determinadas pessoas. Um sistema
favorável à vontade geral é desconhecido e a emergência dessa ideia se
constitui numa inversão completa da tendência do modelo. Assim, somente à luz
desses fatos é que podem ser inteiramente compreendidos os extraordinários
pressupostos subjacentes ao bem social.
Um
modelo político é um sistema social que pode ser controlado, regulado e
dirigido por agentes público: a ordem na elaboração e aplicação das normas é
confiada a certos agentes do estado. Uma sociedade desse tipo se origina da
expectativa de que os seres humanos se comportem de maneira tal que atinja o
máximo de ganhos sociais. Ele pressupõe comportamentos que favorecem o bem
coletivo a um preço menor que os indivíduos pagariam isoladamente. Pressupõe
também a presença do Estado, que funciona como poder moderador de conflitos
sociais.
Quando
o modelo político é usurpado por vontades particulares ele perde sua função
principal. O sistema será utilizado em benefícios de classes que não
representam a vontade geral. Isso acontece quando temos um média de pessoas na
sociedade que não se comportam de acordo com os pressupostos de uma sociedade
aceitável.
O
modelo social será, então, controlado pelos interesses particulares, mas o
poder daqueles que dirigem a sociedade depende dos eleitores, pois estes formam
a maioria, e é com a ajuda desses que o mal e produzido e distribuído entre os
membros da sociedade. Partindo desses argumentos, a vitória da maldade nas dependências
do Estado é assegurada pela ausência de ética e pela falta de conhecimento da
maioria da população de um Estado.
Chico de Oliveira