21 de dez. de 2015

Eu sou o culpado!


          Um rápido esboço do sistema político e dos eleitores, tomados em separado, mostra que até a nossa época esses eleitores nada mais são do que acessórios da vida política. Como regra, o eleitor é fruto de um sistema social e, qualquer que for o princípio de comportamento predominante na sociedade, a presença do padrão eleitoral sempre é compatível com esse sistema.
O objetivo da formação de uma opinião geral é ocultado ao padrão médio da sociedade e não revelava qualquer tendência de mostra-se ao total dos agentes do sistema. Mesmo quando o social se desenvolve muito, como ocorreu nos países desenvolvidos, eles tiveram que lutar sob o controle de interesses que não se encaixam no do cidadão padrão médio, tanto no ambiente doméstico (município) como em relação à vida nacional.
De fato, as regulamentações sociais favorecem a determinadas pessoas. Um sistema favorável à vontade geral é desconhecido e a emergência dessa ideia se constitui numa inversão completa da tendência do modelo. Assim, somente à luz desses fatos é que podem ser inteiramente compreendidos os extraordinários pressupostos subjacentes ao bem social.
Um modelo político é um sistema social que pode ser controlado, regulado e dirigido por agentes público: a ordem na elaboração e aplicação das normas é confiada a certos agentes do estado. Uma sociedade desse tipo se origina da expectativa de que os seres humanos se comportem de maneira tal que atinja o máximo de ganhos sociais. Ele pressupõe comportamentos que favorecem o bem coletivo a um preço menor que os indivíduos pagariam isoladamente. Pressupõe também a presença do Estado, que funciona como poder moderador de conflitos sociais.
Quando o modelo político é usurpado por vontades particulares ele perde sua função principal. O sistema será utilizado em benefícios de classes que não representam a vontade geral. Isso acontece quando temos um média de pessoas na sociedade que não se comportam de acordo com os pressupostos de uma sociedade aceitável.
O modelo social será, então, controlado pelos interesses particulares, mas o poder daqueles que dirigem a sociedade depende dos eleitores, pois estes formam a maioria, e é com a ajuda desses que o mal e produzido e distribuído entre os membros da sociedade. Partindo desses argumentos, a vitória da maldade nas dependências do Estado é assegurada pela ausência de ética e pela falta de conhecimento da maioria da população de um Estado.
Chico de Oliveira

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