O sistema
de financiamento de campanha no Brasil parecer requerer, tanto na formação de
ideias como no desenvolvimento de disposições e condutas, exigências diferentes
às que demanda a esfera política numa sociedade formalmente democrática na qual
todos os indivíduos, por direito, são iguais perante as leis e instituições.
A ideia é
que os pobres são representados pelos mentores de tal sistema. No entanto, o foco
não é os direitos da pessoa, mas sim, os interesses dos financiadores de
campanha, que muitas vezes são contraventores. Dessa forma, a política
encontra-se frente a demandas inclusive contraditórias no processo de escolha
dos futuros membros dos poderes da República, dos estados e municípios.
A grande
maioria é induzida a trilhar uma comum e pobre uniformidade (...). Enquanto se
cria uma poderosa ideia de que política não se discutir, as pessoas que se
fundamentam na vigência do modelo, proporcionam, na realidade, um ambiente
perfeito para os corruptos perpetuar a roubalheira na coisa pública.
Uma ideologia
que não apela para a lógica da Razão para sua legitimação, mas que se justifica
exclusivamente com a força do que existe (entre aqueles que são pagos para
ensinarem o povo), a aceitação e a consolidação da corrupção, da realidade que
se impõe inexoravelmente.
Zé do Caixão