9 de mai. de 2012

A realidade que nos impõem

O sistema de financiamento de campanha no Brasil parecer requerer, tanto na formação de ideias como no desenvolvimento de disposições e condutas, exigências diferentes às que demanda a esfera política numa sociedade formalmente democrática na qual todos os indivíduos, por direito, são iguais perante as leis e instituições.
A ideia é que os pobres são representados pelos mentores de tal sistema. No entanto, o foco não é os direitos da pessoa, mas sim, os interesses dos financiadores de campanha, que muitas vezes são contraventores. Dessa forma, a política encontra-se frente a demandas inclusive contraditórias no processo de escolha dos futuros membros dos poderes da República, dos estados e municípios.
A grande maioria é induzida a trilhar uma comum e pobre uniformidade (...). Enquanto se cria uma poderosa ideia de que política não se discutir, as pessoas que se fundamentam na vigência do modelo, proporcionam, na realidade, um ambiente perfeito para os corruptos perpetuar a roubalheira na coisa pública.
Uma ideologia que não apela para a lógica da Razão para sua legitimação, mas que se justifica exclusivamente com a força do que existe (entre aqueles que são pagos para ensinarem o povo), a aceitação e a consolidação da corrupção, da realidade que se impõe inexoravelmente.
Zé do Caixão       

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