Sabemos que todo ano a chuva cai e nossas ruas de nossos bairros ao lado do setor comercial, mais conhecido como centro viram um lamaçal. E os bairros um pouco mais distantes então? Deve ser um verdadeiro rally para seus moradores percorrer de suas casas até seus trabalhos ou qualquer lugar que precisem ir. Livramo-nos da poeira que deixa nossas roupas amareleças, e torcemos para não sermos lavados pela água de uma poça bem localizada no canto de uma rua.
Assim como a música do Pato Fu, em época de “seca” às vezes lembramos que a água um dia vai cair, e aqui vai virar um lamão. Até parece que visitaram nossa cidade antes de fazerem a letra desta música. Enquanto isso, vez ou outra, no setor comercial vê-se asfalto ser jogado em cima de asfalto onde não tem tanta necessidade. Como será que certas políticas são eleitas em preferência a outras mais urgentes? Qual será o método, a avaliação, os quesitos para escolherem tão mal como fazer seus trabalhos públicos?
Não dá para dizer que somos civilizados ao ver uma das principais cidades do estado e da região, em dados momentos, ser comparada às cidades do velho oeste. Isso durante a seca. Quando começa o período de chuva, a cidade lembra mais a um rio e seus afluentes transbordando em todas as direções.
Quando vão fazer asfalto no meu bairro?, e o bairro existe desde que a cidade começou, e eu pago se for preciso. Só não quero mais atolar meu veículo ou ter de limpar a lama das visitas trazidas por seus calçados ou ver meu filho doente (doença respiratória na maioria das vezes) por causa da poeira ou ter de limpar todo dia a mesma poeira em meus móveis. Até quando?
Alguns referem à cidade como a capital da região, mas uma capital tão desestruturada, onde apenas o setor comercial é bem cuidado (mais ou menos). Nem quero pensar na improvável divisão do estado, seria o mesmo que podemos dizer da situação da poeira e da lama: uma calamidade.
Todavia, nem tudo é mal direcionado, alguém criou um dia uma Lei que obriga os novos loteamentos a iniciarem com energia, água encanada e é claro o pavimento. Quem sabe em alguns anos (tomara não ser décadas), este texto seja apenas uma lembrança da velha cidade que ficou para trás no tempo, uma cidade do velho norte.
Antonio César