A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público Estadual, uma grande operação, batizada de Guilhotina, para prender policiais civis e militares, inclusive delegados. Eles são acusados de corrupção, roubo e de manter estreita ligação com traficantes do Rio. Pelo menos 45 mandados de prisão estão sendo cumpridos por mais de 200 federais. A Justiça também expediu outros 48 mandados de busca e apreensão.
Uma parte do grupo recebia, cada um, até R$ 100 mil de propina por mês para proteger traficantes como Antonio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico nas favelas da Rocinha e do Vidigal, em São Conrado.
As delegacias da Penha (22ª) e de São Cristóvão (17ª) foram fechadas pelos policiais federais que participam da 'Operação Guilhotina' para que os agente apreender-se celulares e armamentos, com o objetivo de comprovar o envolvimento dos policiais dessas delegacias em ações criminosas. Os agentes da PF também não encontraram em sua residência o ex-sub-chefe de Polícia Civil, Carlos Antônio Luiz de Oliveira, um dos procurados, e agora ele é considerado um foragido.
É lamentável que uma quantidade considerável de agentes públicos, pagos com o dinheiro do contribuinte para proteger a população, sejam bandidos da pior espécie.
