O nepotismo, e a afinidade são fundamentos que estiveram presente na origem de nossa civilização. E que a proibição dessas duas práticas foi o que permitiu o desenvolvimento de certas nações. Isso porque fica mais fácil o julgamento de pessoas, lesivas para o Estado, que não são parentes ou amigos de autoridades.
A contratação de agentes públicos por afinidade se transformou em um péssimo negócio para a sociedade e uma atitude eticamente incorreta para os administradores. Esse princípio, portanto, deve ceder ao princípio do mérito em beneficio de uma sociedade mais justa e funcional, com uma ordem social equilibrada. Daí Chikó ser absolutamente cético quanto a possibilidade de criarmos um Estado (ou escola), centrado no nepotismo e na afinidade, que nós tire da atual “crise social”. Competência administrativa e indicação política por afinidade são coisas opostas. A primeira não existe sem a eliminação da outra.
O atual estágio de desenvolvimento dos países mais justo não está centrado nas afinidades, como aqui no Brasil, mas sim na competência de seus gestores. No Brasil é preciso ter afinidade até para ganhar licitações e, isso, todos sabem, no entanto não fazemos absolutamente nada. Esses países tiveram que ver a afinidade com outros olhos, organizaram-se como nações que descartam a afinidade e adotaram o mérito, desenvolveram norma para a contratação de servidores comissionados e, a partir de então, progrediram rumo ao desenvolvimento.
Não existe a mínima possibilidade de transformarmos o Brasil em um país sério sem antes transformar o modelo educacional em algo melhor. Precisamos ser informados, pelas universidades e escolas, como construir um país sério. O modelo educacional (do qual as universidades fazem parte) tem o dever de ser favorável a igualdade entre todos e a adoção do méritos nos contratos dos gestores públicos – em beneficio do bem coletivo.
Autor: Francisco Antonio de Oliveira Filho – Técnico em Química – SECITEC/Sinop
chicodeoliveira@yahoo.com.br
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