28 de nov. de 2008

As colonias da SECITEC e Chikó

As unidades de educação profissional e tecnológica da SECITC são as capitanias hereditárias do período colonial, onde o Rei delegou a tarefa de colonização e exploração dos centros de educação (ou perdão das terras) a particulares, através do loteamento dos cargos entres os donatários (cabos eleitorais).

Os alunos e os servidores efetivos não são cidadãos nesse tipo de gestão. Os donatários se constituem na autoridade máxima dentro da escola (digo capitania), tendo carta branca para ditar a ordem e, até aprovar a discriminação de servidores (os oprimidos do presente) revoltosos com a gestão antidemocrata do donatário.

O vínculo jurídico entre o Rei (Governador) e cada donatário e a base aliada (os do partido), que confere a posse da escola aos pseudo-educadores (pessoas que não permitem a divulgação de informações aos alunos), e a difamação daqueles que defendem o direito achado na lei.

Nesse modelo o donatário recebe a posse dos centros de educação tecnológica, podendo transmiti-lo aos do partido, mas nunca aos servidores naturais por meios democráticos. Ele também é incumbido de lotear os cargos entre os amigos de competência duvidosa. Deve fundar curral eleitoral e divulgar uma boa imagem do Rei, comparando-o com um semideus, e nunca esquecer de dizer que é seu representante (e eu que pensava que a escola era do povo).

Ele ainda tem um grupo de soldados envolvidos na causa: são aqueles que devem reprimir os revoltosos, psicologicamente lembrando-os que o Rei é mais poderoso, que eles são amigos do Rei e que todos são inimigos daqueles que defendem o cumprimento do código.

Nascem, assim os periféricos da SECITEC, aqueles que têm rancor e desejo de mudança, mas o que fazer se houve uma modernização dos miseráveis e um atraso na mente dos dirigentes da SECITEC? (eta Millor!!! essa doeu) Proíbe-se a verdade.


Autor: Francisco Antonio de Oliveira Filho – SECITEC/Sinop – 28/11/2008

27 de nov. de 2008

Chikó e o microcosmo

A calmaria chegou para Chicó, ele sai do macro (coletivo) e chega ao microcosmo (individual), agora está apenas cercado por todos os lados de SECITEC, mas isso não tem importância. A insanidade vai me trazer grandes amizades, futuras oportunidades e, quem sabe, uma vaga de cabo eleitoral nas próximas eleições.
A omissão e a cegueira geram um equilíbrio favorável para os políticos incompetentes, mas quem disse que a escola serve para cobrança, ela serve para viabilizar a manutenção do Sistema e assegurar a elegibilidade de pessoas de caráter duvidoso. No entanto, é impossível o desequilíbrio do Sistema, até aqueles que são explorados são favoráveis.
Desisto de defender a anormalidade (o normal no Brasil é ser mau-caráter, é ser cúmplice de malfeitores) a própria idéia de combater as injustiças já é um erro. Já pensou no que podem fazer 43 mil picaretas com carteirinha de partidos dentro de um governo em postos estratégicos (isso só no governo federal)? A anormalidade (o ético) só viria com uma escola de alto nível, que educasse a população para escolher um governo com padrões superiores de intelectualidade, que tivesse uma imensa disposição política e tudo isso implicará numa mudança psico-social profunda na estrutura social (já pensou na possibilidade de votar em uma pessoa que não roube? Que não possa pagar a tua placa de formatura? Que não possa te oferecer valores para contribuir com a festa de formandos? Que seja contra o nepotismo? Que seja contra o empreguismo no Estado?). Ou seja, não da para defender a anormalidade. Não há solução.
Cheguei a um consenso: desistir de defender o certo. Avaliei a minha incompetência e passo a aceitar que estou no meio do insolúvel, só que eles (os políticos e os bandidos) vivem dele e eu não. Nós não entendemos nem a extensão do problema e ainda queremos dissolvê-lo.
Como dizem os marcolas: somos frutos de vossas consciências sociais (de vossas escolas, os capachos têm cursos superiores), viu? São cultos, eles lêem livros na cadeia. No Brasil só os livres (incluindo os políticos) não podem ler.

Autor – Francisco Antonio de Oliveira Filho – Técnico em Química – SECITEC/Sinop – 14/10/2008

23 de nov. de 2008

Doutrina do silêncio

Fundamentada em ditadura autoritária, cultura do sistema educacional de nível técnico do estado de Mato Grosso não permitem emissão de opinião “negativa” sobre administradores governamentais.
A Constituição do Brasil de 1998 prescreve, no art. 5º, o direito à livre expressão do pensamento para todos os cidadãos nascidos no Brasil, vetando apenas o anonimato. Mas, infelizmente, não é o que ocorre nas dependências dos Centros de Educação Tecnológicas de Mato Grosso, que são mantidos pelo governo do Estado. Nesses Centros de Educação os servidores parecem não ter liberdade de expressarem suas opiniões ou não tem opiniões sobre os atos da administração pública vigente.
O art. 220 afirma que: “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Em seu parágrafo 1º está prescrito que: Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. E mais, o parágrafo 2º do art. 220 veta toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Mas o que está acontecendo com os servidores dos Centros Educacionais Estaduais de Mato Grosso que não emitem uma opinião sobre a democratização dessas unidades de Educação? Querem esses servidores voltar ao período de intervenção, muito comum na ditadura militar?
Os alunos do Ensino Fundamental de Sinop votam em diretores de Escola e isso é possível com um público que tem, em media, menos de 15 anos. Por que os que fazem parte da educação técnica estadual no Mato Grosso não podem eleger os diretores dos Centros Tecnológicos Estaduais? Os alunos do Ensino Fundamental de Sinop nos dão um show de democracia e, eu fico aqui imaginando quando será que vamos sair dessa “dedocracia”.

Autor: Francisco Antonio de Oliveira Filho, Servidor Público do Estado de Mato Grosso

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