17 de jun. de 2019

Economia de mercado x sociedade de mercado

       O debate está aberto e mobiliza as melhores cabeças do mundo. Foi aberto por Michael Sandel, professor de filosofia política de Harvard, escritor consagrado e um dos mais influentes intelectuais da atualidade.
Não, ele não é um comunista ou incentivador dos Black Blocs. E valoriza a livre iniciativa e o empreendedorismo. No entanto, notou um descompasso nas relações humanas contemporâneas.
Para Sandel, a economia de mercado é uma ferramenta valiosa e eficaz para organizar a atividade produtiva. Em paralelo, a sociedade de mercado é um “lugar” onde quase tudo pode ser posto à venda.

31 de mai. de 2019

Analfabeto de Cú – ralinho, com baixa renda, vê propaganda do governo e vai à justiça pedir direito de resposta para desmentir o aporofóbico.

Ao ver a propaganda da reforma da previdência do governo Bolsonaro, o analfabeto Pesteado, 45 anos, entrou com um pedido de direito de resposta para esclarecer que tudo que foi dito, na propaganda, pode ser mentira, já que não precisamos pagar a ninguém para contar a verdade.
        O analfabeto disse que os ricos da sua cidade saíram pelas ruas em carreata e, dessa forma, desconfiou que o movimento não pode ser do seu interesse. Segundo Pesteado, que não sabe escrever nem o próprio nome, tinha até um membro da família Dóllar na Cueca defendendo a tal reforma. E ainda, segundo esse membro do baixo clero, no passado os antepassados de Cueca diziam que abolicionismo era um palavrão, igualzinho a palavra esquerdopata, que hoje é pejorativo.   
        Na manhã desta sexta - feira (31), a justiça negou o direito de resposta alegando que o analfabeto não tem condições intelectuais para saber o que é bom ou ruim para o povaréu. Segundo a Justiça e a extrema direita, bom para os desvalidos é o mesmo que é bom para a classe de cima da sociedade, justificou um dos membros do Tribunal da Injustiça em sua sentença. Outro membro do tribunal emendou: enquanto esses políticos não quiserem mexer na nossa lagosta “tá tudo certo”. 
Chico de Oliveira

29 de mai. de 2019

Jumento de Caruaru

Em Caruaru (Pernambuco) tem um Jumento falante e metido a inteligente. Certo dia sai de férias e fui ver o tal Jumento.
Eu: seu Jumento fiquei sabendo que o senhor fala, é verdade?
Jumento: falo sim moço.
Eu: gostaria de falar com o senhor a respeito do presidente do Brasil.
Jumento: de política eu não falo.
Eu: mas, por que o senhor não fala de política?
Jumento: O senhor já viu algum jumento escolarizado?
Eu: não.
Jumento: Logo jumento não precisa de escola, certo?

27 de fev. de 2019

O Que se vê e o que não se vê (Frederic Bastiat "A lei" 1851)

------Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los. 
Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever. 
------E essa diferença é enorme, pois o que acontece quase sempre é que, quando a consequência imediata é favorável, as consequências posteriores são funestas e vice-versa. Daí se conclui que o mau economista, ao perseguir um pequeno benefício no presente, está gerando um grande mal no futuro. Já o verdadeiro bom economista, ao perseguir um grande benefício no futuro, corre o risco de provocar um pequeno mal no presente.

17 de dez. de 2018

Os Personagens e os idiotas.

           Os personagens vivem nesta vida como idiotas, eu não sou um personagem, mas uma pessoa que deseja viver aquilo que brota racionalmente da alma. Não sou um produto da cultura, porque constituo um ensaio único e precioso da Natureza.
Chico de Oliveira

31 de jul. de 2018

‘A Escola Falida” por Marcos Rodrigues

             Nos anos 60 e 70 do século XX a escola pública brasileira não era lugar para os mais humildes. Na verdade, preparava-se a classe média para uma posição intermediária entre os mais pobres e a elite nacional. Aqueles que concluíam o ginásio podiam se colocar em um escritório, um cargo de encarregado ou supervisor em uma fábrica, ou até mesmo a gerência de uma pequena empresa. O científico era garantia de uma posição de mais qualidade. Com certeza um cargo público no Banco do Brasil, uma posição de chefia em uma repartição de um ministério qualquer, o suboficialato nas forças armadas, ou ainda almejar a entrada em uma faculdade. O ensino era rigoroso e de qualidade. Os mais pobres eram descartados ainda no primário. Ainda que, concluir o primário já garantia alguma diferenciação profissional. Muitos se orgulhavam de tê-lo concluído.

20 de fev. de 2018

Receita e despesas totais do Estado de Mato Grosso em 2018

           A Receita total é estimada e a Despesa total para 2018 foram fixadas em valores iguais a R$ R$ 20.334.403.071 (vinte bilhões, trezentos e trinta e quatro milhões, quatrocentos e três mil e setenta e um reais). Já a Receita total de 2017 e a Despesa total, desse mesmo ano, foram fixadas em valores iguais a R$ 18.429.222.936 (dezoito bilhões, quatrocentos e vinte e nove milhões, duzentos e vinte e dois mil. 
          Isso representa um aumento de 10,3% nos valores da receita para o ano 2018, quando comparada com a receita de 2017, e sem o desconto da inflação do ano passado. 
Fonte: Seplan-MT.

6 de nov. de 2017

Temas contemporâneos da sociologia (3ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

        Assim, a modernidade pode ser entendida como expressão de uma época histórica marcada por um discurso que privilegia as formas de conhecimento científico universais e totalizantes, ou seja, produtoras de interpretações teóricas abrangentes e homogeneizantes que procuram dar conta da história da humanidade como um todo.
        O pós-modernismo, por outro lado, privilegia a diferença, a diversidade, a fragmentação, a indeterminação, e nesse sentido se insurge contra os discursos universalizantes e totalizantes da modernidade. Procura reconhecer as diferentes subjetividades, dando maior visibilidade a questões como gênero, raça, etnia, ambiente, sexo, questões territoriais, entre outras. Veja as fotos a seguir.

30 de out. de 2017

Aumento do Risco Brasil: Valorização e financeirização do Capital (2ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

               Nas últimas décadas, as sociedades capitalistas se estruturaram com base em um processo de financeirização do capital. A valorização do capital baseada na extração de mais-valia e na exploração da força de trabalho (assim pensa a esquerda) foi avolumada por um processo que já se observava desde o final do século XIX e que nas últimas décadas tornou-se economicamente hegemônico: o acúmulo de riquezas desenvolvido por mecanismos e canais financeiros e não apenas por meio das atividades produtivas (na indústria, no comércio e na agricultura).

23 de out. de 2017

1º aula - 4º bimestre 3º ano Ensino Mádio

UMA NOVA VISÃO DO PODER
                Esta unidade começou com uma discussão sobre o poder, um dos conceitos fundamentais da reflexão sobre política. Como outros conceitos das Ciências Sociais (e das ciências em geral), a concepção de poder teve diferentes interpretações ao longo do tempo. Um dos principais autores que ofereceram novas maneiras de estudar o poder foi o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984).
                A grande inovação de Foucault foi mudar o foco dos estudos sobre poder. Na maioria dos trabalhos de Ciência Política, a discussão sobre poder e política se deu em torno do Estado, do governo, dos grupos que pretendem conquistar o governo (como os partidos políticos) ou influenciar suas decisões (como os movimentos sociais), ou das relações entre os Estados (como nos estudos de Relações Internacionais). Foucault propôs outro foco: além dos temas tradicionais, estudar o poder nos hospícios, nas prisões, na maneira pela qual a sociedade regula a sexualidade das pessoas, no modo como o poder e o saber científico se relacionam. Seu trabalho gerou novos temas de pesquisa, que têm sido intensamente explorados.

16 de out. de 2017

A Revolução Informacional (1º aula - 4º bimestre 2º ano)

                O desenvolvimento científico e tecnológico inspirou vários autores desde a Revolução Industrial. Novos sujeitos sociais, modos de produção, novas práticas políticas, novos tipos de sociedade, de organização da produção, de formas de ação política coletiva foram estudados com base no avanço, no progresso ou no desenvolvimento científico e tecnológico. Essas análises foram particularmente influenciadas por uma leitura de Marx sobre a relação entre forças produtivas e relações de produção. Para esse autor, as forças produtivas, isto é, aquilo que se apresenta como elemento da transformação social, são limitadas pelas relações de produção capitalistas. Dessa forma, as relações sociais capitalistas impedem que as forças produtivas (por exemplo, a ciência e a tecnologia) avancem, já que esse avanço não condiz com os interesses sociais do capitalismo.

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