27 de fev. de 2019

O Que se vê e o que não se vê (Frederic Bastiat "A lei" 1851)

------Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los. 
Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever. 
------E essa diferença é enorme, pois o que acontece quase sempre é que, quando a consequência imediata é favorável, as consequências posteriores são funestas e vice-versa. Daí se conclui que o mau economista, ao perseguir um pequeno benefício no presente, está gerando um grande mal no futuro. Já o verdadeiro bom economista, ao perseguir um grande benefício no futuro, corre o risco de provocar um pequeno mal no presente.

17 de dez. de 2018

Os Personagens e os idiotas.

           Os personagens vivem nesta vida como idiotas, eu não sou um personagem, mas uma pessoa que deseja viver aquilo que brota racionalmente da alma. Não sou um produto da cultura, porque constituo um ensaio único e precioso da Natureza.
Chico de Oliveira

31 de jul. de 2018

‘A Escola Falida” por Marcos Rodrigues

             Nos anos 60 e 70 do século XX a escola pública brasileira não era lugar para os mais humildes. Na verdade, preparava-se a classe média para uma posição intermediária entre os mais pobres e a elite nacional. Aqueles que concluíam o ginásio podiam se colocar em um escritório, um cargo de encarregado ou supervisor em uma fábrica, ou até mesmo a gerência de uma pequena empresa. O científico era garantia de uma posição de mais qualidade. Com certeza um cargo público no Banco do Brasil, uma posição de chefia em uma repartição de um ministério qualquer, o suboficialato nas forças armadas, ou ainda almejar a entrada em uma faculdade. O ensino era rigoroso e de qualidade. Os mais pobres eram descartados ainda no primário. Ainda que, concluir o primário já garantia alguma diferenciação profissional. Muitos se orgulhavam de tê-lo concluído.

20 de fev. de 2018

Receita e despesas totais do Estado de Mato Grosso em 2018

           A Receita total é estimada e a Despesa total para 2018 foram fixadas em valores iguais a R$ R$ 20.334.403.071 (vinte bilhões, trezentos e trinta e quatro milhões, quatrocentos e três mil e setenta e um reais). Já a Receita total de 2017 e a Despesa total, desse mesmo ano, foram fixadas em valores iguais a R$ 18.429.222.936 (dezoito bilhões, quatrocentos e vinte e nove milhões, duzentos e vinte e dois mil. 
          Isso representa um aumento de 10,3% nos valores da receita para o ano 2018, quando comparada com a receita de 2017, e sem o desconto da inflação do ano passado. 
Fonte: Seplan-MT.

6 de nov. de 2017

Temas contemporâneos da sociologia (3ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

        Assim, a modernidade pode ser entendida como expressão de uma época histórica marcada por um discurso que privilegia as formas de conhecimento científico universais e totalizantes, ou seja, produtoras de interpretações teóricas abrangentes e homogeneizantes que procuram dar conta da história da humanidade como um todo.
        O pós-modernismo, por outro lado, privilegia a diferença, a diversidade, a fragmentação, a indeterminação, e nesse sentido se insurge contra os discursos universalizantes e totalizantes da modernidade. Procura reconhecer as diferentes subjetividades, dando maior visibilidade a questões como gênero, raça, etnia, ambiente, sexo, questões territoriais, entre outras. Veja as fotos a seguir.

30 de out. de 2017

Aumento do Risco Brasil: Valorização e financeirização do Capital (2ª aula – 2º ano, 4º bimestre)

               Nas últimas décadas, as sociedades capitalistas se estruturaram com base em um processo de financeirização do capital. A valorização do capital baseada na extração de mais-valia e na exploração da força de trabalho (assim pensa a esquerda) foi avolumada por um processo que já se observava desde o final do século XIX e que nas últimas décadas tornou-se economicamente hegemônico: o acúmulo de riquezas desenvolvido por mecanismos e canais financeiros e não apenas por meio das atividades produtivas (na indústria, no comércio e na agricultura).

23 de out. de 2017

1º aula - 4º bimestre 3º ano Ensino Mádio

UMA NOVA VISÃO DO PODER
                Esta unidade começou com uma discussão sobre o poder, um dos conceitos fundamentais da reflexão sobre política. Como outros conceitos das Ciências Sociais (e das ciências em geral), a concepção de poder teve diferentes interpretações ao longo do tempo. Um dos principais autores que ofereceram novas maneiras de estudar o poder foi o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984).
                A grande inovação de Foucault foi mudar o foco dos estudos sobre poder. Na maioria dos trabalhos de Ciência Política, a discussão sobre poder e política se deu em torno do Estado, do governo, dos grupos que pretendem conquistar o governo (como os partidos políticos) ou influenciar suas decisões (como os movimentos sociais), ou das relações entre os Estados (como nos estudos de Relações Internacionais). Foucault propôs outro foco: além dos temas tradicionais, estudar o poder nos hospícios, nas prisões, na maneira pela qual a sociedade regula a sexualidade das pessoas, no modo como o poder e o saber científico se relacionam. Seu trabalho gerou novos temas de pesquisa, que têm sido intensamente explorados.

16 de out. de 2017

A Revolução Informacional (1º aula - 4º bimestre 2º ano)

                O desenvolvimento científico e tecnológico inspirou vários autores desde a Revolução Industrial. Novos sujeitos sociais, modos de produção, novas práticas políticas, novos tipos de sociedade, de organização da produção, de formas de ação política coletiva foram estudados com base no avanço, no progresso ou no desenvolvimento científico e tecnológico. Essas análises foram particularmente influenciadas por uma leitura de Marx sobre a relação entre forças produtivas e relações de produção. Para esse autor, as forças produtivas, isto é, aquilo que se apresenta como elemento da transformação social, são limitadas pelas relações de produção capitalistas. Dessa forma, as relações sociais capitalistas impedem que as forças produtivas (por exemplo, a ciência e a tecnologia) avancem, já que esse avanço não condiz com os interesses sociais do capitalismo.

6 de set. de 2017

Sociologia: 5ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
                Nas últimas décadas ocorreram grandes mudanças na economia mundial, sobretudo a partir da influência da reestruturação produtiva iniciada na década de 1970 nos Estados Unidos e na Europa ocidental (ver capítulo 7). As consequências desse processo de reestruturação produtiva mundial, que teve por base a substituição intensa de trabalho por novas tecnologias produtivas, sobretudo robótica e microeletrônica, foram percebidas no Brasil durante a década de 1990, mas se prolongam até os dias de hoje.
                A incorporação dessa base tecnológica foi impulsionada pelo avanço do neoliberalismo dos governos Fernando Collor (1990 a 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), que promoveram a abertura econômica, a privatização de empresas estatais e a desregulamentação de leis de proteção ao trabalhador. Essas medidas tiveram como consequências centrais o aumento do desemprego formal e, em razão disso, o aumento do trabalho informal, reduções salariais significativas, a precarização do trabalho e o enfraquecimento político da classe trabalhadora.

4 de set. de 2017

Sociologia: 4ª aula do 3º bimestre - 2º ano do Ensino Médio

Subdesenvolvimento e dependência econômica                 
          No Brasil dos anos 1930, o Estado moderno substituiu o Estado oligárquico e a indústria nacional começou a ser desenvolvida. Esse período da história brasileira é central, pois foi em consequência desse momento que a questão do subdesenvolvimento e da dependência econômica do país começou a ser discutida nos anos 1950 e 1960.
         Esse debate, além de ser atual, tem relação direta com o posicionamento do Brasil diante de outras economias do mundo. O lugar do Brasil pode ser pensando com base na divisão internacional do trabalho, isto é, em como foi e ainda é construída a economia nacional, que produtos e ramos da indústria foram desenvolvidos na produção nacional, se são produtos estratégicos ou matérias-primas e como essa produção insere o país na economia mundial.

29 de ago. de 2017

Política de Interesse

                Em nosso Brasil não vejo racionalidade nas dependências do governar e nem ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois fatos que constituem o movimento político das nações.
                A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.
                À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espetáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)

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