16 de fev. de 2016

Uma mancha em nossa cara

           Estamos formando, felizmente, em nosso país, uma consciência refinada, é certo - que queremos introduzindo o elemento da dignidade humana em nossas vidas, e para a qual a corrupção na coisa pública, apesar de hereditária, é uma verdadeira mancha de Caim que o Brasil traz na fronte. Essa consciência, que está temperando a nossa alma, e há de pôr fim humanizá-la, será resultado do sofrimento de pessoas mais educadas e esclarecidas.
          Não tenho, portanto, medo de que o presente volume não encontre o acolhimento que eu espero por parte de um número bastante considerável de compatriotas meus, a saber: os que sentem a dor do descaso na própria pele e, ainda mais, como parte de uma dor maior - a do Brasil, ultrajado e humilhado; os que têm a altivez de pensar - e a coragem de aceitar as consequências desse pensamento - que a pátria, como a mãe, quando não existe para os filhos mais infelizes, não existe para os mais dignos; aqueles para quem a miséria e a corrupção, degradação sistemática da natureza humana por interesses mercenários e egoístas, se não é infamante para o homem educado e feliz que a inflige, não pode sê-lo para o ente desfigurado e oprimido que a sofre; por fim, os que conhecem as influências sobre o nosso país, e, no presente, o seu custo ruinoso, e preveem os feitos de sua continuação indefinida.

15 de fev. de 2016

Dívida do Brasil e PIB

O Brasil aumentou, em 2015, 250 bilhões e 879 milhões de reais. A dívida que era de 1.885,009 bilhões de reais (33,0% do PIB), no ano anterior, passou para 2.135,888 bilhões reais (36,0%) no último mês de 2015. O percentual em relação ao PIB (produto interno bruto do país) aumentou 3%. Já a dívida bruta do País é de 3.927,523 bilhões (66,2% do PIB).  
            A dívida externa é de 262 bilhões e 411 milhões de reais (4,4% do PIB).
             O PIB do País, que aumentou 225,452 bilhões de janeiro para dezembro, ficou em 5.929,748 bilhões de Reais (12/2015). As reservas em moeda internacional somavam 372,232 bilhões de dólares em 12/02/2016. A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 10,71% (IPCA) e a meta do Governo para 2016 é de 4,50 ±2 p.p. A taxa de juros Selic ficou em 14,25% ao ano.
            Apesar do PIB ter aumentado no período, o País teve uma retração, devido ao aumento da inflação, e os economistas projetaram algo em torno de 3,0% de queda no PIB.
Fonte: Banco Central do Brasil 

Possibilidade do conhecimento sociológico


                [...] Em face do mundo considerado familiar, governado por rotinas capazes de reconfirmar crenças, a sociologia pode surgir como alguém estranho, irritante e intrometido. Por colocar em questão aquilo que é considerado inquestionável, tido como dado, ela tem o potencial de abalar as confortáveis certezas da vida, fazendo perguntas que ninguém que se lembrar de fazer e cuja a simples menção provoca ressentimentos naqueles que detêm interesses estabelecidos [...]
            Há quem se sinta humilhado ou ressentido se algo que domina e de que se orgulha é desvalorizado porque foi contestado. Por mais compreensível, porém, que seja o ressentimento assim gerado, a desfamiliarização pode ter benefícios evidentes. Pode abrir novas e insuspeitáveis possibilidades de conviver com mais consciência de se, mais compreensão do que nos cerca em termos de um eu completo, de seu conhecimento social e talvez com mais liberdade e controle.

Os movimentos sociais no Brasil

             Há registros de movimentos sociais no Brasil desde o primeiro século da colonização até nossos dias. Esses movimentos demonstram que os que viviam e os que vivem no Brasil nunca foram passivos e sempre procuraram, de uma ou de outra forma, lutar em defesa de suas ideias e interesses.

Lutas no período colonial


                Durante o período colonial (1500-1822), os movimentos sociais mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. Além disso, ocorreram vários movimentos políticos, dois deles pela independência do Brasil.
            Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não ser escravizados e para manter suas terras e seu modo de vida. Os escravos africanos também não ficaram passivos diante das condições em que viviam. A principal forma de resistência eram as revoltas localizadas e a formação de quilombos, que existiram do século XVII até o fim da escravidão.

14 de fev. de 2016

Direito e cidadania (2º ano)

Direitos de todos, das mulheres, dos negros, das crianças, dos adolescentes, do consumidor, dos idosos... Há várias leis e decretos que os traduzem. Mas de que adianta haver tantas leis e decretos que não são respeitados? Os direitos básicos dos cidadãos devem ser garantidos pelo Estado. Vamos ver como a relação entre direitos e cidadania foi tratada na história das sociedades.
            Alguns povos da Antiguidade — como os babilônios, com o Código de Hamurabi, no século XVIII a.C., e os gregos de Atenas, com as leis de Clístenes, do século VI a.C. — tiveram suas normas e leis registradas por escrito. As leis babilônicas reforçavam o poder do Estado e as atenienses definiam as instituições da democracia. Nenhuma delas tratava dos direitos humanos, cuja história é bem mais recente.

11 de fev. de 2016

O Indivíduo, sua história e a sociedade (1º ano)


O conceito de indivíduo só ganhou destaque na modernidade. A noção de indivíduo nunca esteve tão presente como nos dias de hoje.
Tal ideia era quase que ignorada nas sociedades mais antigas. A importância de um indivíduo estava inserida no grupo a que pertencia, e não isoladamente como nota-se atualmente. Esse grupo podia ser a família, Estado, clã, etc.
Com o advento da Reforma Protestante, no século XVI, a ideia de indivíduo ganhou forma, pois esse movimento religioso definia o ser humano como um ser criado à imagem e semelhança de Deus. Isso significava que o ser humano, individualmente, passava a ter “poder”.
No século XVIII, com o desenvolvimento do capitalismo e dos ideais liberais, a ideia de indivíduo e individualismo firmou-se, pois colocava a felicidade material humana no centro das atenções. No século seguinte essa visão estava estabelecida, e a sociedade capitalista, consolidada.

Poderá gostar também de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...