2 de jan. de 2016

O condenado por ver o que outros não viam

        Governo bom é aquele que se acha sempre na inevitável alternativa de tender para uma restauração do estado lógico a fim de satisfazer às necessidades da população, ou de escapar de uma situação puramente negativa imposta pelos corruptos opressivos. Devemos sem temor perceber que a razão geral não afasta de imediato os corpos insolúveis do Estado, mas essa mesma razão evoluir para níveis superiores e faz novos julgamentos. O que é visto como certo pelo homem médio pode ser visto como errado por esse mesmo homem em um novo julgamento no futuro.
        Lavoisier é reconhecido por ter enunciado o princípio da conservação da matéria e cunhado a fase “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, mesmo assim foi guilhotinado em 8 de maio de 1794, após um julgamento sumário no dia anterior.
        Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse: “o bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo”.
       E você como julgaria Lavoisier hoje? Veja que o julgamento também pode ser relativo.
Chico de Oliveira
 

21 de dez. de 2015

Eu sou o culpado!


          Um rápido esboço do sistema político e dos eleitores, tomados em separado, mostra que até a nossa época esses eleitores nada mais são do que acessórios da vida política. Como regra, o eleitor é fruto de um sistema social e, qualquer que for o princípio de comportamento predominante na sociedade, a presença do padrão eleitoral sempre é compatível com esse sistema.
O objetivo da formação de uma opinião geral é ocultado ao padrão médio da sociedade e não revelava qualquer tendência de mostra-se ao total dos agentes do sistema. Mesmo quando o social se desenvolve muito, como ocorreu nos países desenvolvidos, eles tiveram que lutar sob o controle de interesses que não se encaixam no do cidadão padrão médio, tanto no ambiente doméstico (município) como em relação à vida nacional.

27 de out. de 2015

A teoria e a prática do modelo político


Por que o saber científico até agora não é usado para diminuir a corrupção e aliviar o sofrimento humano em nosso País?
Tal não é também de modo algum a finalidade da maquinaria utilizada na política que se traduz em poder. Igual a qualquer outro desenvolvimento da força política, ela se destina a privilegiar aqueles que sabem e se utilizam dessas vantagens para melhorar a vida de poucos politizados. Melhora-se as condições gerais de um país sem melhorar, proporcionalmente a vida da maioria que vive à margem da política.
O revolucionamento do modo de governar toma, na democracia, como ponto de partida a sabedoria; nos países sérios, a honestidade é perseguida. É preciso, portanto, examinar primeiro mediante o que o meio oferece como ferramenta para sustentação ou mudar do modelo. Aqui devemos olhar os traços característicos e genéricos que desencadeiam a formação do modelo política atual do País.

21 de out. de 2015

A incompatibilidade do desejo com as ações

Às vezes desejamos ser algo interessante, mas isso depende de ações que conduzem ao nosso desejo. A maioria é portadora do desejo sem ações adequadas para alcançar esse objetivo. Então temos que conhecer os acontecimentos da ação, pensar nos caminhos semelhantes, trilhados no passado por quem alcançou desejos parecidos, e esses acontecimentos, uns após os outros, supondo que acontecimentos semelhantes se devem seguir a ações também semelhantes.
Como aquele que prevê o que acontecerá a um criminoso, reconhece aquilo que ele viu seguir-se de crimes semelhantes no passado, tendo esta ordem de pensamentos: o crime, o oficial de justiça, a prisão, o juiz e as galés. A este tipo de pensamentos se chama previsão.</

8 de out. de 2015

As incompatibilidades do Parlamento

        Embora nosso parlamento falseie a verdade dizendo que o absoluto é o poder executivo, passando uma imagem de inocente, contudo, se os homens desse poder se servissem da razão da maneira como fingem fazê-lo, podiam pelo menos evitar que nosso Brasil perecesse devido a males internos. Pois, pela natureza de suas atitudes, estão destinados a fazerem oposição ao país e não ao PT.
Acontece que o nosso país está sendo dissolvido, não por violência externa, mas por desordem intestina, a causa não reside nas pessoas médias, mas nos obreiros e organizadores que são indicados por essas mesmas pessoas. Pois os homens que indicamos para o Parlamento querem defender interesses que não são os da vontade geral, não é por falta da arte de fazer leis adequadas para nortearem as ações em nosso país, mas por falta de vontade de contribuir para o sucesso de um governo e, consequentemente, da população.

6 de out. de 2015

São muitos os infectados pela “cegueira verbal congênita”


Uma das finalidades da educação no Brasil é o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, que obriga a formação de seres minimamente politizados. A cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão (LDB).
Conversando com pessoas conhecidas logo surgem a figura do cidadão apolítico, comum em nossa sociedade, de individualismo, egoísmo, que abastece uma crescente corrupção no meio social e político, é difícil de compreender o pensamento de uma pessoa que deveria ser cidadão e se auto intitula “apolítico”. Como podemos passar 12 anos em um sistema educacional que prever a formação para cidadania, isso só na educação básica, e fazer essa pífia intitulação?

Revolta de Canudos: a verdade dos vencedores


          Esta fotografia hoje histórica dos habitantes de Canudos (parte do acervo do Instituto Moreira Salles) e tirada por Flavio de Barros dois dias antes de o governo da "República" recém-proclamada anunciar o fim da revolta canudense liderada pelo beato e místico Antônio Conselheiro (o governo anunciou a vitória em 5 de outubro de 1897) é identificada pelo instituto como sendo a imagem de: "400 jagunços prisioneiros, 2 de outubro de 1897. Canudos, Bahia - Brasil".
          Essas pessoas esquálidas e em trapos, causticadas pelo sol, parecem-lhes "jagunços"? Sim, a imagem diz mais que as mil palavras já ditas sobre aquele massacre de uma gente miserável materialmente, mas tenaz em sua defesa do que concebiam como uma vida justa e boa para todos. Como escreveu o jornalista Euclides da Cunha, que integrava a última das expedições do Exército a Canudos, mas que, ao longo de sua cobertura pra imprensa do Rio de Janeiro, acabou por compreender a luta dos discípulos e seguidores de Conselheiro e o senso de justiça que a sustentava, como escreveu este homem, "o sertanejo é antes de tudo um forte".
História do Brasil (Jean Wyllys)

1 de out. de 2015

Capitalismo, uma obra de milênios

         O sistema capitalista ou economia de mercado gerou prosperidade em nível e velocidade sem precedentes nos últimos 150 anos, mas levou tempo para chegar a esse estágio. Tal realização tem sido um processo de construção continuada ao longo dos 10 000 anos conhecidos da História. Curiosamente, o termo capitalismo apareceu somente no século XIX em textos de dois de seus críticos, Émile Durkheim e Karl Marx.
Era o comércio, isto é, o mercado, que na Antiguidade movia a economia da Babilônia, do Egito e dos fenícios. Quando Jesus Cristo expulsou os vendilhões do templo, eles praticavam um capitalismo primário. As transformações ocorreram lentamente. Um operário inglês do século XVIII tinha expectativa de vida semelhante à de um soldado do Império Romano e renda per capita parecida.

30 de set. de 2015

Crítica eleitoral de Chicó

          A moda da venda de voto é uma onda aceitável culturalmente e que a maioria da população está pegando, até alguns educadores acham perfeitamente normal, vende-se até partido político e troca-se voto por cargo comissionado na maior cara de pau. Em nosso município mais de um educador comprou votos e muitos fazem boquinha nos cargos comissionados, existe até um peso pesado da educação que deu trabalho para a Justiça Eleitoral.
          Quando algo inviável para uma população começa parecer imoral os últimos a perceberem são esses educadores, os políticos (do Brasil) e Chicó, é claro. A venda de votos e a troca dos mesmos por favores é algo inaceitável nos meios mais sensatos da sociedade, mas para os citados acima é algo viável para a nação. Quando algum peso pesado da sociedade é pego com a boca na tigela e com o voto do eleitor no bolso ele diz “esse bolso não é meu, é do vizinho, pois saí como muita pressa e não percebi que peguei a calça errada. Mas o seu vizinho não é candidato, pois bem, aquele partidário de Chicó deve ter colocado esse voto no meu bolso só para me incriminar.

29 de set. de 2015

O sábio que se esconde tapando os próprios olhos

         É possível cometer erros por meio de inferências erradas feitas a partir de princípios verdadeiros? O que pode acontecer, geralmente com aqueles que têm preguiça de pensar, apressam-se em concluir e decidir o que fazer, como acontece com os que ao mesmo tempo têm em alta conta seu próprio entendimento, e estão convencidos de que as coisas deste país não exigem tempo de estudo, bastando a simples experiência e a opinião geral, já que ninguém se considera desprovido dos ouvidos.
Outro fato é que ninguém pretende assumir parte da culpa pelos danos causados ao poder público e poucos desejam chegar ao conhecimento de como esse funciona, que depende de grandes e prolongados estudos. E não há nenhum desses defeitos de raciocínio capaz de desculpar um crime cometido contra o magistério público e muito menos a quem desempenha um cargo público, porque nesses casos pretende-se pessoas dotadas de razão, e só a falta desta poderia servir de fundamento para a desculpa.

26 de set. de 2015

O Ladrão do Erário

        Em nosso País, por quase todas as partes, os corruptos se apresentam intimamente relacionados com o poder do Estado. Estes seres desprezíveis, invisíveis à mente desarmada, são abundante no poder Executivo, no Legislativo, no Judiciário e na força policial. Olhando atentamente em qualquer direção, e até na mídia, verás os estragos provocados pelos corruptos na sociedade.
       Esses seres oferecem fartas evidências de sua existência e de forma desfavorável ao “erário”, pois roubam recursos da saúde, da segurança, da educação e de qualquer setor que o poder público esteja envolvido. Nenhum outro tipo de bandido merece mais atenção que os larápios do erário, mas não é fácil convencer a população disso.
        Pela dificuldade de entender que roubar o coletivo traz prejuízos para o individual, a populacho acha que é menos mal o roubo dos recursos sociais, “aqueles que podem ser usados para salvar vidas” e, assim nada faz e quando faz, ajuda os corruptos a roubarem o erário votando em político como os envolvidos na Lava-Jato.   
Chico de oliveira

25 de set. de 2015

A pregação do falsário

A ignorância da caneta, em dependência escolar, está servindo de desculpa para muitos, infringem-se a boa-fé sem medo da pena, pois os falsários têm o direito, prescrito na constituição, para dizer qualquer bobagem.
As palavras vãs não estão submetidas à pena, mesmo que mutile a mentalidade de jovens, porque praticam voluntariamente uma ação que induz muitos a viverem a margem de decisões que deveriam ter alcance coletivo, mas são realizadas por vontades particulares. Ora, a punição é uma consequência conhecida por membros mais esclarecidos da sociedade, em qualquer Estado, e se essa punição já estiver determinada pela natureza social é a ela que se está submetido e não uma punição arbitrária. Pois manda a razão que quem comete injúria na administração da própria vida, ou na coisa pública, sem outra limitação a não ser a de sua própria vontade, sofra punição equivalente ao descaso.

23 de set. de 2015

Fato: você faz parte das ações politicas de um estado

Partindo do princípio de que todos estão envolvidos nas ações políticas de um Estado, até os que não fazem a ação em si, e de que uma ação política é a manifestação da vontade de quem ordena, oralmente ou por escrito, ou mediante outros suficientes argumentos da mesma vontade, podemos compreender que a ordem do Estado visa o bem daqueles que participam ativamente da ação e de outros que esses querem defender.
Para participar ativamente das ações de um Estado precisa-se ter meios para delas se informar. É óbvio que essa lógica, de informar-se, não se aplica aos débeis naturais, às crianças e aos loucos, tal como não se aplica aos animais irracionais, porque esses não podem ser classificados como justos ou injustos, pois nunca tiveram capacidade para fazer qualquer pacto ou para compreender as consequências do mesmo, portanto não apresentam capacidade lógica para serem politizados, isso tudo por escolha e não por imposição.

O País que vive a serviço do especulador

Será que basta que as ações sejam escritas e publicadas, ou é preciso também que hajam sinais manifestos de que elas apontem para o bem comum? Porque os indivíduos que têm ou julgam ter força suficiente para garantir seus injustos desígnios, e levá-los em segurança até seus ambiciosos fins, podem interferir nas decisões do Estado, independentemente ou mesmo contra a autoridade legislativa.
        Não basta dizer que os juros devem aumentar (ação política), são necessários também sinais suficientes dos motivos que forçam o aumento. Em todo o Planeta a economia em recessão derruba juros e por que aqui no Brasil é diferente?

21 de set. de 2015

O Soberano é a razão

       Em nosso País o soberano é o Congresso Nacional, pois não se encontra sujeito às leis civis. Dado que tem o poder de fazer e revogar as leis, pode quando lhe aprouver libertar-se dessa sujeição, revogando as leis que o estorvam e fazendo outras novas; por consequência já antes era livre.
O poder legislativo é aquele que faz as leis e o Executivo deve ordenar a observância dessas regras que chamamos Lei. Portanto, o Poder Executivo é uma pessoa jurídica com capacidade para fazer seja o que for, embasado em fundamentos legais e com um olhar na liberdade estabelecida pelo Soberano.

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